Os candidatos à disputa do segundo turno presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, tiveram compromissos neste sábado (8). Bolsonaro participou da procissão fluvial do Círio de Nazaré, em Belém. A participação do atual presidente no evento estava prevista na agenda oficial da Presidência da República. Já Lula esteve em campanha na cidade de Campinas (SP).
Na procissão fluvial do Círio de Nazaré, em Belém, o presidente seguiu no navio da Marinha, que também conduzia a imagem de Nossa Senhora de Nazaré e não deu declarações à imprensa. Ele chegou à capital paraense na noite de sexta-feira (7), quando foi recebido no aeroporto por centenas de apoiadores. Após a transmissão de sua tradicional live pelas redes sociais, ainda na sexta-feira, o presidente visitou a 23ª edição da SuperNorte, evento realizado pela Associação de Supermercadistas do Pará (Aspas).
Durante visita a Campinas (SP), Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o debate democrático é parte da solução para os problemas pelos quais o país passa. Nesse sentido, ele disse que tem buscado diálogo com grupos que não o apoiavam. Para o candidato, educação, ciência e tecnologia serão fundamentais para o desenvolvimento e para a recomposição da indústria nacional. Disse também que o Brasil tem muito a lucrar mantendo árvores em pé, em vez de desmatá-las.
Lula afirmou que, para manter a identidade dos povos tradicionais, criará o Ministério dos Povos Originários e que a Fundação Nacional do Índio (Funai) terá à frente um indígena. “A saúde indígena também pode ser cuidada pelos indígenas, porque muitos deles já estão formados”, disse.
“Ninguém precisa derrubar árvore na Amazônia para plantar ou criar gado. Temos mais de 30 milhões de hectares de áreas de pasto degradada. Temos de recuperar essa área. Em vez de derrubar árvore, vamos ganhar dinheiro preservando-as, porque a agricultura de baixo carbono permite que o Brasil receba ajuda de outros países”.
Ao falar sobre outro ministério que pretende criar – o da Cultura –, Lula disse que em cada capital do país haverá um comitê cultural. “A cultura tem de ser entendida como indústria extraordinária de geração de empregos e distribuição de renda. Cultura tem de voltar a funcionar”, disse ele ao pedir que seus eleitores não caiam em provocações nas ruas, e que fiquem atentos para denunciar mentiras divulgadas em redes sociais.
O candidato disse que a solução para os problemas atuais passa pelo diálogo e que só a democracia é capaz de proporcionar. “Tenho conversado com todo mundo. Com economistas de vários partidos e de várias matizes das universidades, até porque a arte de governar esse país – e a solução – não será obra de um homem ou de um partido só”, disse.
*Colaboraram os repórteres Pedro Peduzzi e Vladimir Platonow
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